No terceiro trimestre, PIB avançou somente 0,6% sobre trimestre anterior.
Banco Central estimava que o crescimento seria de 1,15% no período.
Alexandro Martello
Do G1, em Brasília
Mesmo com o crescimento da economia brasileira abaixo do previsto, o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, avaliou que a expansão de 0,6% no terceiro trimestre deste ano, sobre os três meses anteriores, representa uma "reação importante" frente aos trimestres anteriores.
A autoridade monetária informou, há algumas semanas atrás, que projetava um crescimento de 1,15% no PIB no terceiro trimestre deste ano. "O fato de o PIB ter vindo abaixo do que os indicadores antecedentes estavam apontando não significa que o PIB não tenha mostrado uma reação importante frente a trimestres anteriores", declarou Maciel a jornalistas.
Resultados trimestrais
De acordo com números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o crescimento de 0,6% no terceiro trimestre deste ano representa, de fato, aceleração (embora menor do que o estimado pelo BC, pelo governo e pelos economistas do mercado financeiro) frente aos trimestres anteriores.
No quarto trimestre do ano passado, por exemplo, a taxa de expansão, sobre os três meses anteriores, foi de 0,1%. O mesmo percentual de crescimento do PIB foi registrado no primeiro trimestre de 2012. Já no segundo trimestre deste ano, a taxa de expansão foi um pouco maior: de 0,2%. Os dados, do IBGE, referem-se sempre a trimestres anteriores.
Setores da economia
Entre os setores, o maior crescimento foi registrado pela agropecuária, com alta de 2,5% na comparação com o período de abril a junho – menor, no entanto, que a alta de 6,8% vista no trimestre anterior.
Na indústria houve aumento de 1,1% – a maior expansão desde o segundo trimestre de 2010, quando a alta fora de 2,1% –, puxado pela indústria de transformação, que se expandiu em 1,5%, e pela construção civil (0,3%). As demais atividades caíram: extrativa mineral (-0,4%) e eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (-0,5%).
Os serviços, por sua vez, registraram taxa de variação nula, no pior resultado em quatro trimestres. Houve alta nos serviços de informação (0,5%), comércio (0,4%), atividades imobiliárias e aluguel (0,4%) e outros serviços (0,3%).
Administração, saúde e educação pública (0,1%) e transporte, armazenagem e correio (-0,1%) ficaram estáveis. O setor de intermediação financeira e seguros, no entanto, apresentou recuo de 1,3%.
Investimento em queda
Segundo os dados do IBGE, a formação bruta de capital fixo (taxa de investimento na produção) teve seu quinto trimestre consecutivo de queda, com baixa de 2% – a maior queda desde janeiro a março de 2009, quando ficara em -11,7%, em decorrência da crise financeira internacional. No ano, o investimento acumula queda de 3,9%.
Banco Central estimava que o crescimento seria de 1,15% no período.
Alexandro Martello
Do G1, em Brasília
Mesmo com o crescimento da economia brasileira abaixo do previsto, o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, avaliou que a expansão de 0,6% no terceiro trimestre deste ano, sobre os três meses anteriores, representa uma "reação importante" frente aos trimestres anteriores.
A autoridade monetária informou, há algumas semanas atrás, que projetava um crescimento de 1,15% no PIB no terceiro trimestre deste ano. "O fato de o PIB ter vindo abaixo do que os indicadores antecedentes estavam apontando não significa que o PIB não tenha mostrado uma reação importante frente a trimestres anteriores", declarou Maciel a jornalistas.
Resultados trimestrais
De acordo com números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o crescimento de 0,6% no terceiro trimestre deste ano representa, de fato, aceleração (embora menor do que o estimado pelo BC, pelo governo e pelos economistas do mercado financeiro) frente aos trimestres anteriores.
No quarto trimestre do ano passado, por exemplo, a taxa de expansão, sobre os três meses anteriores, foi de 0,1%. O mesmo percentual de crescimento do PIB foi registrado no primeiro trimestre de 2012. Já no segundo trimestre deste ano, a taxa de expansão foi um pouco maior: de 0,2%. Os dados, do IBGE, referem-se sempre a trimestres anteriores.
Setores da economia
Entre os setores, o maior crescimento foi registrado pela agropecuária, com alta de 2,5% na comparação com o período de abril a junho – menor, no entanto, que a alta de 6,8% vista no trimestre anterior.
Na indústria houve aumento de 1,1% – a maior expansão desde o segundo trimestre de 2010, quando a alta fora de 2,1% –, puxado pela indústria de transformação, que se expandiu em 1,5%, e pela construção civil (0,3%). As demais atividades caíram: extrativa mineral (-0,4%) e eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (-0,5%).
Os serviços, por sua vez, registraram taxa de variação nula, no pior resultado em quatro trimestres. Houve alta nos serviços de informação (0,5%), comércio (0,4%), atividades imobiliárias e aluguel (0,4%) e outros serviços (0,3%).
Administração, saúde e educação pública (0,1%) e transporte, armazenagem e correio (-0,1%) ficaram estáveis. O setor de intermediação financeira e seguros, no entanto, apresentou recuo de 1,3%.
Investimento em queda
Segundo os dados do IBGE, a formação bruta de capital fixo (taxa de investimento na produção) teve seu quinto trimestre consecutivo de queda, com baixa de 2% – a maior queda desde janeiro a março de 2009, quando ficara em -11,7%, em decorrência da crise financeira internacional. No ano, o investimento acumula queda de 3,9%.