As pessoas dizem pra eles que o jogo passa uma sensação de choque, de violência, o que eles atribuem à carga emocional colocada nos personagens, à necessidade de sobrevivência acima de tudo, e pela sensação de realismo que não só o mundo, como os inimigos, nos passam, ao finalizá-los a sangue frio quando pedem pra serem poupados é diferente de um assassinato qualquer. A equipe quer que aqueles que matamos pareçam humanos, assim como nós, e que isso cause certo efeito na experiência de jogo. Tudo enquanto ajudamos a manter viva essa menina de 14 anos que já nasceu num mundo totalmente diferente do que Joel tinha quando era jovem. O contraste entre salvar uns e matar outros, mas todos só querendo sobreviver.
Encontraremos, aliás, diversas facções diferentes de sobreviventes no game, algumas agressivas como a The Hunters que vimos no gameplay apresentado na conferência da Sony, que matariam Joel e Ellie por dois cartuchos de munição, outras mais diplomáticas e que podem até vir a ajudá-los num esforço mútuo por algo. E teremos também vários personagens que se juntarão à dupla em diferentes momentos, novidade que eu não estava esperando. Super bacana, ainda mais pra quem sabe como a Naughty Dog lida com os personagens secundários em Uncharted. Disseram que por enquanto querem se focar na Ellie para mostrá-la ao público, mas que depois no revelarão mais do resto do elenco.
Quanto à progressão, será quase como pequenas histórias que se encaixam à medida que a dupla avança em direção a oeste para escapar das áreas mais infectadas. Exploramos livremente uma certa área e vamos progredindo até completarmos certo objetivo ou chegar em certo lugar, e então uma cena ocorre e somos levados a outra área. E sobre a duração do game, o diretor nos diz pra compararmos com seus outros jogos pra termos uma ideia. Também confirma que haverá modo multiplayer no game, mas que ainda não pode falar muito sobre isso. E em questões técnicas, falou um pouco sobre como aqui não há luz elétrica, e então como tiveram que incorporar a luz do sol aos diferentes ambientes, o que criou um efeito bastante único, mas que ele espera que os jogadores, ok, achem legal, mas que passe mais despercebido. Ele quer que o nível de imersão tire nossa atenção da análise técnica dos gráficos e nos coloque mais tempo pensando na relação do Joel com a Ellie e na visão de mundo que cada um tem.
Entrevista super bacana, vejam o quanto de informação de três minutos podem nos dar. Eu tô super empolgada pro game, até mesmo como alguém com saudades de Uncharted, mas acho bem melhor que eles criem algo novo assim, mas que mantenha o feeling dos jogos da empresa, do que transformem Uncharted em um Assassin’s Creed da vida, até porque o 3 já foi pior que o 2. Espero o 4, ou outro nome para uma nova trilogia, só lá pelo segundo ano do novo console da Sony. Ah, e aliás, confirmaram hoje que The Last of Us não sairá em 2012, somente no início de 2013, o que ainda era dúvida.
